BNDES prepara fundo para pequena empresa
Depois de atuar para fazer o dinheiro voltar a circular entre os bancos médios e pequenos -liberando compulsório e fazendo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil comprarem carteiras de crédito
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) confirmou ontem que irá liberar em algumas semanas a principal parte do financiamento para a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, uma das obras do PAC.
O banco não detalhou as bases do financiamento, mas a expectativa da direção da GDF Suez, principal acionista do consórcio empreendedor Energia Sustentável, é de que o BNDES aprove R$ 7,3 bilhões em recursos para a construção, o equivalente a 69% do empreendimento. A previsão foi dada ontem pelo diretor de Novos Negócios da GDF Suez, Gil Maranhão, durante a inauguração da Usina Hidrelétrica de São Salvador, no rio Tocantins.
O valor, caso seja confirmado, será maior do que a cifra liberada para a empresa Saesa (Santo Antônio Energia), companhia controlada pela Mesa (Madeira Energia S.A.), cuja participação é dividida por Odebrecht, Furnas, Andrade Gutierrez, Cemig e um fundo de investimento em infraestrutura montado pelos bancos Santander e Banif. Em dezembro, o BNDES autorizou financiamento de até R$ 6,1 bilhões para o empreendimento. A Usina de Santo Antônio, como Jirau, também será construída no rio Madeira, em Rondônia.
Metade do repasse será feito pelo BNDES, o restante por um pool de bancos, como Caixa Econômica Federal, Bradesco, Unibanco e Banco do Nordeste.
Embora o recurso tenha como origem o BNDES, o uso de repassadores reduz os riscos de exposição ao projeto. Os bancos envolvidos são os garantidores do financiamento. O anúncio da operação deve ocorrer, entretanto, depois da concessão da licença de instalação definitiva. Por enquanto, há apenas uma licença parcial.