Alta da inadimplência entre empresas é de 20,6%
A inadimplência começa a provocar um efeito negativo na economia nacional na medida em que se expande para as empresas de pequeno e grande porte.
A inadimplência começa a provocar um efeito negativo na economia nacional na medida em que se expande para as empresas de pequeno e grande porte. A grande causa é a dificuldade de conseguir empréstimos – tanto para pessoas físicas, quanto jurídicas.
Em fevereiro, a alta de inadimplência das empresas foi de 20,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da empresa de análise de crédito Serasa Experian.
A alternativa escolhida tem sido negociar prazos, cortar funcionários e investimentos ou eleger contas prioritárias para pagamento – o que tem elevado as estatísticas de inadimplência.
As empresas estão com dificuldades de receber de seus clientes. Com isto, pedem mais prazos para seus fornecedores. Por sua vez, estes também têm de renegociar suas dívidas.
Quando não há acordo, a dívida entre as empresas acaba parando na Justiça. No primeiro bimestre, o volume de títulos protestados (apenas de pessoas jurídicas) subiu 40% em relação a 2008, segundo dados da empresa de solução para gestão de risco Equifax. O volume de cheques devolvidos subiu 23%. Um dos efeitos disso foi o aumento de 25,16% no número de falências no Brasil.
No caso dos consumidores, os compromissos com cartões de crédito concentravam 37,1% dos problemas com inadimplência no trimestre, também maior do que os 31,4% de participação apurados um ano antes. A dívida média no período foi de R$ 386,86 – valor 13,3% menor do que o verificado no primeiro trimestre do ano passado.
Em relação aos cheques sem fundo, a fatia caiu de 23,4% para 17,6% de janeiro a março deste ano, com dívida média de R$ 828,70, uma alta de 31,2% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.