Liderança imatura é o maior problema enfrentado pelos RHs, diz estudo
A Mindsight, HRTech especialista na integração de sistemas e na centralização de informações, anuncia o “Mindsight HR Report 2024”. A pesquisa ouviu mais de 2.5 mil profissionais da área de recursos humanos de empresas de variados portes e áreas de atuação no Brasil, como agricultura, finanças, tecnologia e serviços. O levantamento foi realizado durante o Open Mind 2024, evento online promovido pela Mindsight, que contou com a participação de alguns especialistas de renome internacional para discutir as principais tendências para o setor de recursos humanos.
O relatório, que contou com a participação de mais de 2.5 mil profissionais de RH de todo país, aborda temas como span of control, média de turnover, tamanho das equipes de recursos humanos nas empresas, tipos de remuneração, porcentagem de orçamento para aumento salarial e ainda detalha os segmentos e portes das empresas.
Ao analisar as respostas quanto aos principais problemas vivenciados pelo RH das organizações, o levantamento revela que liderança imatura e retenção de talentos foram os temas mais apontados pelos profissionais, com 28,4% e 16,7%, respectivamente.
O estudo revela, entre outros dados, uma média nacional anual de turnover de 26,91%. Segundo Thaylan Toth, Fundador e CEO da Mindsight, a questão remete a um tema que requer muita atenção em recursos humanos. Ele ressalta que as empresas que pensam e implementam estratégias de retenção de talentos saem na frente no mercado de trabalho.
A pesquisa aponta que a configuração mais comum nos times de Recursos Humanos é de dois colaboradores por empresa, representando 12,4% do total (220 empresas). Esse dado sugere que as equipes de RH são enxutas, o que configura um desafio do setor ao terem de contemplar toda a empresa com pouco material humano.
“Há um equívoco cultural nas empresas de que o setor de recursos humanos não precisa de investimentos. Esse recorte do orçamento é de extrema importância, pois a área carece de verba assim como qualquer outra e, muitas vezes, é a primeira na lista de corte. Investir para se ter um número de integrantes proporcional e consolidar a área de gente e gestão fundamentada por evidências e estratégias inteligentes, guiam as organizações para um novo patamar. O setor tem um papel fundamental nas empresas de conduzir, direcionar e formar culturas”, comenta o executivo.
Referente ao tipo de remuneração oferecido pelas empresas, salário e bônus é uma combinação que prevalece com 43%, sendo que somente salário representa 39% das respostas dos participantes.
Dentro do recorte de empresas que oferecem ações da companhia para seus colaboradores como um benefício, as organizações de grande porte se destacam com 37%. Nesse quesito, as empresas de tecnologia são as que mais adotam essa política (29%), seguidas por indústria (15%) e serviços (14%).
“O setor de tecnologia é um dos que mais cresce mundo afora. É interessante perceber que empresas dessa área, muitas delas startups, aderem a esse tipo de remuneração, além de outros benefícios, para seus colaboradores. É um panorama interessante para ficarmos atentos, já que esse modelo edifica também um novo grau de pertencimento do colaborador com a empresa”, finaliza Toth.